HISTÓRIA DOS BAYLÃO DE BARIRI E DO BRASIL

quinta-feira, 23 de julho de 2009

OS BAYLÃO DE BARIRI

fOTO ATUAL DA IGREJA MATRIZ DA CIDADE DE BARIRI. ESSA NÃO É A PRIMEIRA, MAS FOI EM TORNA DELA QUE TEVE INÍCIO A CADADE.

A cidade de Bariri está localizada na região central do Estado de São Paulo, distante aproximadamente 330 Km da capital paulista, a uma latitude 22°04’28” ao sul e longitude 48º44’25” a oeste. Tem como cidades limítrofes Jaú, Bocaina, Boa Esperança do Sul, Ibitinga, Itaju, Arealva, Pederneiras, Boracéia e Itapuí. Bauru, São Carlos e Araraquara são as principais cidades circunvizinhas. Atualmente, contém trinta e um mil habitantes. Sua economia rural está baseada na cana de açúcar e na pecuária; na urbana destaca-se o comércio e a indústria.
O início do povoamento na região, onde hoje se encontra a cidade de Bariri, aconteceu a partir da doação de uma sesmaria de nove mil hectares de terras à família Lima, por volta de 1821, e assumida por nove irmãos em 1833. O pioneiro, José Antonio de Lima, considerado o fundador, a dividiu em nove fazendas de mil hectares cada uma. Embalada pelo cultivo do café, na segunda metade do século XIX, muitos imigrantes compraram terras na localidade. Foi nesse período que também veio de Minas o casal Joaquim Gomes Martins e Ana Gomes de Figueiredo e com eles o jovem Afonso Baylão.
Bariri se emancipou como município em 1890. Entre as inúmeras bibliografias sobre a história da cidade, conta o livro de Eugênio Gatto Netto uma participação política de Afonso Baylão. No ano de 1894, dois grupos políticos se confrontaram na disputa pelo poder. A situação, liderada pelo coronel Joaquim Lourenço Corrêa e a oposição, na qual participava o senhor Afonso, a liderança era do coronel Theotônio Alves Negrão. Mas o auge do conflito ocorreu quando o grupo político do coronel Lourenço, que tinha o apoio do governo estadual, começou a recrutar jovens para lutar na revolução federalista a favor do governo federal. O grupo contrário, que participava o senhor Afonso Baylão, não concordou com tal atitude e usou a força das armas. Diante do acontecimento o governo estadual interveio e prendeu quatro das lideranças oposicionistas, entre elas se encontrava o senhor Afonso Baylão.
Assim descreve o livro História de Bariri de Eugênio Gatto Netto, p. 37 e 38: “No dia 02 de fevereiro de 1894, preparava-se o povo para entregar a mensagem citada, assinada pelos (...). Quando dos lados da Barra Mansa e outros sítios, chegaram uns duzentos homens que sem esperar os resultados dos entendimentos e exasperados, repicaram os sinos da Matriz, invadiram a cadeia e o quartel, apoderaram-se da câmara, onde queimaram todo arquivo e fardas, após o que atacaram a casa do coronel Joaquim Lourenço Corrêa, que fugiu, (...). Por três dias, permaneceu o povo reunido à espera de providências do governo. Essas vieram numa força policial de duzentos homens da força Pública, apetrechados com fuzis e mosquetões dos mais modernos. (...). À aproximação da força policial o povo fugiu: as casas foram invadidas e saqueadas. Sendo incendiada a farmácia de Nossa Senhora das Dores de propriedade do oposicionista Theotônio Alves Negrão. Foram presos Antônio de Assis Bueno, Joaquim China, Afonso Baylão e José Domingues Bueno, que, segundo se afirmou, padeceram horrores. Em 04 de maio de 1894, por sentença do juiz de direito de Jaú, Capitão Antônio Nardi de Vasconcelos, todos os indiciados foram despronunciados”.

AFONSO BAYLÃO: O PIONEIRO DOS BAYLÃO DE BARIRI

O senhor Afonso foi o pioneiro dos Baylão de Bariri. Conforme se viu acima, ele migrou para a região de Bariri de Minas Gerais, com o casal Joaquim Gomes Martins e Ana Gomes de Figueiredo, conforme registra o cartório civil dessa cidade, livro C-5,p 131.
Não consegui fontes que me confirmasse com segurança se o casal Joaquim e Ana eram os pais legítimos do pioneiro dos Baylão de Bariri. Cantam seus netos que ele veio para o Brasil da Alemanha com oito anos de idade. É possível que seus pais tenham morrido na região de Minas Gerais e o Afonso, ainda jovem, passou a viver com o casal Joaquim e Ana, que migram para Bariri. O fato de Joaquim e Ana não carregarem o sobrenome Baylão, leva-me a suspeitar e que eram uma espécie de pais adotivo. Sobre os irmãos do Afonso não consegui informações.
Afonso Baylão nasceu no ano de 1852, de acordo com o registro de óbito feito no cartório civil de Bariri, no livro e folha já mencionado acima. Faleceu no dia 20 de janeiro de 1904, às dezenove horas, em sua residência vítima de tuberculose pulmonar, aos 52 anos de idade. Consta o registro que era lavrador, no Bairro Santo Antonio. Foi enterrado no cemitério da cidade, mas hoje o seu túmulo não existe mais. O cemitério foi mudado de local e não se preservou o túmulo. Os dados para os registros de óbito foram fornecidos por Aristides de Miranda Leite, em 21 de janeiro de 1904. Afonso foi casado com Rita Maria de Jesus e com ela teve dois filhos, Ernesto e Manoel (o primeiro com 15 anos e o segundo com 7 em 1904. conforme o Livro de Registro de Sepultamento, de 1903 a 1925, no arquivo do cemitério de Bariri).
Ernesto Baylão foi casado com Elisa Nunes com quem teve um filho, Lázaro Baylão Nunes. Porém Elisa faleceu muito cedo, com apenas vinte e cinco anos de idade e o Ernesto veio a ter outra esposa, Brasilina Maria do Espírito Santo. Com a nova esposa teve também um filho que se chamou Ezequiel Baylão. Com base nas fontes de pesquisas, conclui-se que o irmão do Manuel nasceu em1889. Fontes orais dão conta de supor que o senhor Ernesto morreu em um conflito Armado. Contudo, esse conflito e a data é uma lacuna que ainda estou pesquisando para preenchê-la. Concretamente, senhor Ernesto deixou dois filhos. Um deles, o Lázaro Bailão Nunes, mudou-se para a cidade de Santo André, na Grande São Paulo, onde constituiu família com Durvalina Maria de Jesus. O referido casal teve quatro filhos: Osmaldo Bailão Nunes, Benedita Bailão Nunes, Oswilson Bailão Nuenes e José Bailão Nunes. Observa-se que o sobrenome do Lázaro e seus filhos foram registrados com i. É provável que houvesse aí um erro de cartório.
A Rita, esposa do Afonso, faleceu em 26 de fevereiro de 1916, com 60 anos. Portanto, nascera em 1854, dais anos depois de marido.
Há registro cartorial constando que Afonso Baylão era possuidor de terras no Bairro Santo Antonio, município de Bariri. Mas seus filhos, Ernesto e Manoel, um adolescente e outro criança, acabaram não ficando com as terras. A resposta dos netos para esta questão é que as terras teriam sido griladas pelos fazendeiros vizinhos.
O Livro de registro de sepultamento, anos 1903/1925, do cemitério de Bariri, consta o falecimento de Maria Baylão, em 3 de fevereiro de 1908, com 19 de idade, portanto, sendo sua data de nascimento 1889. Sobre ela ainda estou desenvolvendo pesquisa, pois não consegui ligá-la ao aos pioneiros.
Todos os Baylão que vivem atualmente em Bariri veem da genealogia dos patriarcas Afonso e de seu filho Manoel.
Manoel Baylão nasceu em 24 de abril de 1897. Era o segundo filho de Afonso Baylão e Rita Maria de Jesus. Viveu na região de Bariri, trabalhando em fazendas de café. Casou-se em 9 de dezembro de 1920, com Elvira de Rezende, que havia nascido em 18 de março de 1902. Seus pais foram Francisco de Rezende e Tereza Pereira, de acordo com os registros do cartório civil, livro 12, p.92. Tiveram sete filhos, sendo quatro mulheres três homens (Philomena,Alice,Elza e Nelsina; Antonio, Benedito e José – faleceu com sete anos). Manoel faleceu cedo, em 31 de janeiro 1946, com apenas quarenta e nove anos. A sua esposa, a Elvira, nunca deixou a região circunvizinha de Bariri com seus filhos, onde vieram a constituir suas famílias. Após casarem-se, a Nelsina e a Alice mudaram-se para a vizinha cidade de Bauru, distante sessenta e cinco km de Bariri. A Elza também foi morar numa cidade vizinha, Bocaina. Entre os homens, quem saiu da região foi o Benedito, indo para Mauá, na grande São Paulo. Na região dos patriarcas, permaneceram o Antonio e a Philomena.
A matriarca dos Baylão de Bariri, dona Elvira, viveu quarenta e quatro anos a mais que o marido Manoel. Nunca se casou novamente, vindo a óbito no dia 19 de maio de 1990, aos oitenta e oito anos de idade.
Entre as mulheres, a Philomena resida na cidade de Bariri. Foi casada com Benedito Mota, já falecido, com quem teve nove filhos. Hoje somente cinco estão vivos (Neide, Rosângela, Rose, Nilson e Silvio). A Nelsina reside atualmente na cidade de Bauru. Foi casada com o Antenor, hoje também falecido. Juntos tiveram dez filhos, dos quais seis estão vivos e morando na mesma cidade da mãe (Cleusa, Toninho, Silvana, Claudemir, Irineu, e Silvio). Elza casou-se com o José e atualmente moram e Bocaina, junto com o único filho, José Reinaldo. A quarta filha, Alice, conhecida com Nega, casou-se com o Elisiário, já falecido. Reside em Bauru. Teve oito filhos (Roberto, José, Vilson ...).
Entre os Homens, o Benedito, viveu os seus últimos anos na cidade de Mauá, grande São Paulo, e junto com um primo Lázaro, filho do Ernesto Baylão, na década de 1980, tentaram reaver a posse das terras do avô, localizada no Bairro Santo Antonio, em Bariri.Terra esta grilada do avô Afonso, por fazendeiros da localidade, em época de coronelismo. Faleceu sem conquistar a herança reclamada. Apesar de provar a existência da herança, a lei de uso capião dificultou a retomada da posse. Antes de terminar sua luta, veio a falecer. Deixou viúva a Sueli, com quem teve uma filha, a Alice Baylão.

OS PATRIARCAS DOS BAYLÃO DE BARIRI: ANTONIO E ALZIRA


O grande número dos Baylão de Bariri veio do Antonio, que nasceu no dia 6 de junho de 1926, hoje com 83 anos de idade. Sempre morou nas redondezas da citada cidade, trabalhando em fazendas de café. Até que no ano de 1980 passou a residir na zona urbana, pois os filhos, que ainda viviam com ele, já adultos, desejavam trabalhos diferentes do exercido pelo pai. Sua transição do campo para cidade foi um pouco tumultuada, visto que a decisão inicial foi morar em Jaú, onde ficaram aproximadamente um ano. Mas as raízes da cidade natal, falaram mais alto e um ano depois retornou para Bariri, onde vive até hoje e já fazem vinte e oito anos.
Antonio Baylão casou-se em 12 de julho de 1947, com Alzira Ferreira Leite, que passou a se chamar Alzira Leite Baylão. Alzira é nascida em 12 de janeiro de 1927. Hoje teria 82 anos, pois veio a óbito em três de março de 2009. Seus pais foram Manuel Ferreira Leite e Aparecida Bueno de Camargo. Juntos tiveram dez filhos, sendo nove homens e uma mulher. O segundo filho morreu ainda criança. Os demais formam a grande família dos Baylão de Bariri.

O PRIMEIRO FILHO: MANOEL BAYLÃO

O primeiro filho do Antonio, nasceu em 7 de julho de 1948 e recebeu o nome de Manoel Baylão. Manoel em homenagem ao avô. Na juventude, ajudou o pai nas lavouras cafeeiras, mas depois que se casou mudou-se para Jaú e passou a trabalhar numa grande empresa têxtil, a Cia Camargo correia. Seu casamento se deu no dia 19 de abril de 1975, com a senhorita Antonia da Silva Baylão com quem teve um filho, o Ricardo Donizete Baylão. Hoje, é casado com a Raquel do Santos Baylão e o casal tem uma filha que se chama Amanda dos Santos Baylão. A Antonia veio a falecer, em 28 de março de 1984, vitima de câncer de mana. Está enterrada no cemitério de Bariri. Em 1987, o Manoel casou-se novamente, com Oraida Terezinha Cardoso Baylão, com que tem outro filho, Mário Francisco Baylão, nascido em 6 de dezembro de 1991, que está estudando o ensino médio. Contudo, nas décadas de 1990 e 2000 a profissão do Manoel foi de sacristão da Paróquia São Judas Tadeu, em Jaú. Hoje, o Manuel não se encontra mais conosco desde seis de fevereiro de 2008.

O SEGUNDO FILHO: APARECIDO BAYLÃO



O segundo filho, Aparecido Baylão, chamado de Cidinho, nascido em 1950, faleceu com dois anos de idade, no dia 3 de abril de 1952, vítima de uma epidemia na época. Seu corpo foi enterrado no cemitério de Jaú, na quadra B n°50. Hoje seu túmulo não existe mais, pois naquela época as covas não eram particulares e depois de um tempo eram reaproveitadas, mesmo que não fosse da família. Além de haver mO segundo filho, Aparecido Baylão, chamado de Cidinho, nascido em 1950, faleceu com dois anos de idade, no dia 3 de abril de 1952, vítima de uma epidemia na época. Seu corpo foi enterrado no cemitério de Jaú, na quadra B n°50. Hoje seu túmulo não existe mais, pois naquela época as covas não eram particulares e depois de um tempo eram reaproveitadas, mesmo que não fosse da família. Além de haver modificações nas formações de ruas e quadras, levando ao desaparecimento de muitos túmulos. Além de haver modificações nas formações de ruas e quadras, levando ao desaparecimento de muitos túmulos.

A foto acima é do sobrinho de segundo grau do Aparecido. Em minhas pesquisas não localizei foto do meu irmão. Na época que ele viveu era raríssima as fotos e não se preservou nenhoma. Se é que tirou.

O TERCEIRO FILHO: ELIZIÁRIO BAYALÃO

Elisiário Baylão, o terceiro filho, nasceu em 3 de abril de 1952. Desde criança se dedicou a operar máquinas. Vive até hoje no Bairro do Queixadinha, zona rural de Bariri. Último local onde seus pais, Antonio e Alzira, moraram antes de mudaram-se para a cidade. Na fazenda, Elisiário exerce as funções de administrador e operador de máquinas. Casou-se no dia 20 de dezembro de 1975, com Ana Aparecida de Souza Baylão, nascida em 15 de junho de 1957. Ana é filha de Francisco de Souza e Umbelina Brande de Jesus de Souza, O casal tem três filhas e um filho. A filha, Rosemary Cristina Baylão, é casada com Vlademir Siqueira de Camargo e o casal tem um filho, Henrique Baylão de Camargo e uma filha, Larissa de Camargo. O filho, Alexandre Aparecido Baylão, é casado com Sirlei Aprecida Sanches Baylão, com quem tem um filho, Raphael Sanches Baylão. A filha Leidiane Baylão, casada com o Valentim Bonatelle Júnior, tem dois filhos, Bruno Baylão Bonatelle e Vitor Baylão Bonatelle. Enquanto a caçula, Mariane Fernanda Baylão, é estudante e terminou, em 2007, o ensino médio.

JOSÉ APARECIDO BAYLÃO É O QUARTO FILHO

José Aparecido Baylão é o Quarto filho, dos patriarcas Antonio e Alzira. É nascido em 20 de janeiro de 1955. O José nasceu com uma deficiência mental e hoje com 54 anos é cheio de saúde, mas tem a capacidade mental de raciocínio idêntica a uma criança. Mora com o irmão Edson e com os pais, que ficam numa casa vizinha com ligação direta entre as casas. Enquanto a família morava no sítio, o José exercia os mesmos trabalhos dos irmãos. Entretanto, ele tinha uma preferência, cuidar dos animais e trabalhar com eles. A mudança para cidade trouxe a dificuldade do trabalho. Para solucionar essa questão, ele foi colocado na Apae. Lá ela faz uma série de atividades de trabalho, convivência, lazer e formação. Logo que chegou à cidade, passou a receber um salário do governo, como pensionista.

O QUINTO FILHO DOS PATRIARCAS: ANTONIO BAYLÃO FILHO

O quinto filho do patriarca recebeu o nome em homenagem ao pai, chamando-se Antônio Baylão Filho. Nasceu em Bariri, enquanto os pais moravam no Bairro do queixadinha. No início da juventude foi estudar no seminário Diocesano, na cidade de São Carlos, onde cursou o ensino médio e Faculdade de Filosofia. Em 1985, ingressou na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jaú, onde se licencio em História e retornou para a cidade natal. Casou-se no dia 17 de novembro de 1990, com Maria Rosa Tibúrcio Baylão, que era enfermeira, mas que atualmente trabalha num salão de beleza particular. Juntos o casal tem um filho e uma filha (Saulo Rafael Baylão e Maria Júlia Baylão). O Saulo tem hoje dezessete anos e cursa o ensino médio e a Maria Júlia com doze anos estuda o ensino fundamental. Antônio é professor titular de dois cargos de História, nas redes públicas do Estado de SP e do Município de Bariri. Na comunidade escolar é conhecido como Professor Baylão. No ano de 2008, Antonio foi eleito vereador pelo Partido dos Trabalhadores. Em 2009 assume a cadeira na Câmara Municipal de Bariri e exerce concomitantemente as funções de vereador e professor.

O SEXTO FILHO: GRIMALDO BAYLÃO

Na seqüência, o Grimaldo Baylão, o sexto filho, nasceu em 15 de novembro de 1960. Viveu com os pais até 1989. Foi o braço direito na mudança da fazenda de café para a cidade em 1980. Em 9 de novembro de 1989, casou-se com a Maria Solange Camargo Baylão, nascida em 17 de maio de 1970. Pouco tempo depois, mudou-se para Mato Grosso do Sul, na cidade de Dourado. O casal teve uma filha adotiva, que nasceu 6 de outubro de 1996, recebendo o nome de Gabriela de Camargo Baylão. Infelizmente o relacionamento não deu certo e vieram a se separar após sete anos de casados. A Solange deixou Dourado e mudou-se para Jaú, onde vive com seu novo marido. O ex-marido permaneceu em Dourado. Lá já havia construído laços fortes de amizades e a vida de trabalho. O Grimaldo reestruturou a vida familiar em 1989, com a matogrossense Luzinete Ribeiro da Silva, nascida em 22 de novembro de 1963. A Luzinte é funcionaria pública, ligada a área da saúde e ele é proprietário de um açougue de onde retira a renda familiar.

FRANCISCO BAYLÃO É O SÉTIMO FILHO

Francisco Baylão é o sétimo filho, do casal Antonio e Alzira. Nasceu em Bariri, no dia 21 de abril de 1963 e juntamente com o Grimaldo, sustentou a saída dos pais e demais irmãos que ainda estavam na casa, do campo para a cidade, em 1980. Por ser o sétimo filho, foi batizado pelo filho mais velho, o Manoel, era uma tradição religiosa na época, envolvendo uma superstição em torno do número 7. O Francisco, nunca deixou a cidade. Nos últimos dez anos vem trabalhando como borracheiro, inicialmente era autônomo, mas atualmente exerce essa profissão com funcionário da Empresa Della Coletta. Francisco é casado com a Sandra Margarete Alves Baylão, que é nascida em 6 de abril 1968. O casamento dos dois deu-se em 20 de dezembro de 1986. Francisco e Sandra têm três filhas. A mais velha, Camila Baylão, nasceu em 27 de março de 1988. É recém casada com Élico Coura, nascido em 31 de outubro de 1984 e exerce a função de operador de máquina, na indústria de plástico de Bariri. Seu casamento ocorreu em 7 de abril de 2007. O casal vive em Bariri. Ela é cabeleireira, atualmente trabalha no comércio, com vendas. A segunda filha se chama Samanta Baylão, nascida em 1 de setembro de 1990. Mora com os pais e está cursando o ensino médio. Ariel Baylão, nasceu em 25 de junho de 1998 é a terceira filha.

A ÚNICA FILHA DO CASAL ANTONIO E ALZIRA: LUZIA BAYLÃO

A única filha do casal Antonio e Alzira, recebeu o nome Luzia Baylão. O nome foi devido sua data de nascimento, o dia de Santa Luzia, 13 de dezembro. Seu ano de nascimento foi 1965. Ainda adolescente mudou-se com os pais do campo para a cidade de Bariri, onde passou a trabalhar na Santa Casa, como copeira. Veio a se casar no ano de 1991, no dia 21 de dezembro, com Antonio Aparecido Bava. O Bava, com é chamado, é nascido em 10 de outubro de 1965, exerce a profissão soldador em uma empresa na cidade. Em 10 de março 1996 nasceu a única filha do casal, Tamires Beatriz Balyão.

O NONO FILHO DOS PATRIARCAS BARIRIENSES: EDSON BAYLÃO

O nono filho dos patriarcas baririense, foi o Edson Baylão, que nasceu em 18 de julho de 1969. Quando começou a trabalhar a família já estava na cidade e desde adolescente trabalha em fábrica de calçado. Exercendo hoje, a profissão de montador de calçados, em uma fábrica em Bariri. Em 11 de novembro de 1989, casou-se com Rosemeire dos Santos Baylão. Desse enlace nasceu o filho, Édson Bruno Baylão, no dia 11 de fevereiro de 1990.
O casamento durou alguns anos, quando o casal veio a se separar. Após a separação voltou a morar com os pais Antonio, Alzira e o irmão José. Com os pais permanece até hoje, conforme já descrito acima. Edson, ainda, teve mais um filho, José Renan de Sousa Baylão, com Lucilene Aparecida de Sousa, uma namorada a qual não veio a se casar. A reorganização familiar aconteceu em 9 de março de 2006, com Maria Carmelita Alves Vitina, natural de Assaré, no Ceará. Maria Carmelita é nascida em 22 de outubro de 1970. Tem a vida profissional ligada ao trabalho de operadora de caixa.

O CAÇULA DOS PARIARCAS: DONIZETE BAYLÃO

O caçula dos patriarcas, Antonio e Alzira, Donizete Baylão, nasceu em 17 de junho de 1970. Se dedicou desde adolescente ao trabalho com produção de sapato. Hoje, é um profissional ligado a essa área e exerce a função de operador de máquinas de calçados. Tem um filho, Lucas do Santos Baylão, que nasceu em 17 de abril de 1996, fruto do relacionamento com uma ex-namorada, Valdirene Nomes dos Santos.
Mas, Donizete, casou-se em 31 de dezembro de 2003, com a Roseli de fátima Ocon e atualmente, o casal não tem filhos.

ORIGEM DOS BAYLÃO DO BRASIL

Os Baylão do Brasil são de origem hispânico-latino. Essa é a conclusão mais plausível que cheguei depois de conversar e colher depoimentos dos mais antigos representantes desse sobrenome em Bariri e netos e bisnetos dos Baylão de todo Brasil via internet. Apresento aqui alguns desses depoimentos: Flipe Lessa Baylão que vive em Nova Iguçu, no Rio de Janeiro.”Minha avó contava que veio dois irmãos de Portugal um foi para São Paulo e outro para o Rio de Janeiro, na região da Baixada Fluminense ...” Derbena Baylão, “eu sou de Volta Redonda, interior do Estado do Rio de Janeiro, sou Baylão por parte de pai, que tinha uma avó chamada Adelaide Baylão, que infelizmente já faleceu, mas ela dizia que a origem desse sobrenome era portuguesa e que tinham vindo para o Brasil dois irmãos da familia Baylão e que a minha família seria originada de um desses irmãos ...” "Meu nome é Marcos Paulo Monteiro da Cruz Bailão, Filho de Carlos Aécio Hernadez Bailão e Nelly Monteiro da Cruz Bailão. Moro em Santos. Meu avô, Benedicto Cividanes Bailão, mudou do interior de SP para Santos quando casou e veio cuidar de negócios do café do pai dele, Antônio Bailão. Sei que a origem de minha família é espanhola, da região de Salamanca. Há até um santo católico que é da mesma região, São Paschoal Bailão. Sou Pastor Presbiteriano e professor em São Paulo ...”
Foi possível concluir também que o sobrenome escrito com I e Y são da mesma origem hispânico-latino. O fato do sobrenome escrito com I foi erro de cartório. Para confirmar essa versão cito o depoimento do Marcelo, que apesar de não conhecê-lo temos o mesmo bisavô: "Inicialmente Affonso Paschoal Baylão casou-se com Rita Maria de Jesus, eles tiveram dois filhos, Ernesto Baylão e Manoel Baylão, Manoel Baylão uniu-se a Elvira Rezende, este casal teve 5 filhos (Corrigo essa informação, verdade tiveram sete filhos, sendo Quatro mulheres e três homens) .No meu caso, sou descendente da união de Ernesto Baylão e Elisa Nunes (meus Bisavós paternos), sua primeira esposa. Depois falo mais sobre isto. Este casal teve um filho, Lázaro Bailão Nunes (vejam o detalhe, a partir daqui, houve uma alteração na escrita do sobrenome, por algum erro, o Y foi trocado pelo I), Lázaro Bailão casou-se com Durvalina Maria Bueno (meus Avós paternos), este casal teve 4 filhos, Osmaldo Bailão Nunes, Benedita Bailão Nunes, Owilson Bailão Nunes e José Bailão, que vem a ser meu pai, este casou-se com Juceli Antonia Martignago Bailão, minha mãe, eles tiveram dois filhos, eu, Marcelo Martignago Bailão e minha irmão, Patrícia Martignago Bailão. Como disse um pouco acima, meu Bisavô, Ernesto Baylão casou-se inicialmente com Elisa Nunes, minha Bisavó, porém, esta veio a falecer muito cedo, se não me engano por volta dos 25 anos de idade. E assim, o Erenesto Baylão veio a ter outra esposa, Brasilina Maria do Espírito Santo, este casal teve um filho chamado Ezequiel Baylão. Como vocês puderam ver, em um momento da história de minha família, o Baylão deixa de ser escrito com Y e passa a ser escrito com I. O mesmo, com certeza, deve ter ocorrido com outros”.
Os Baylão de Bariri são originários do segundo filho do Affonso, o Manoel (que é meu bisavô). Mas as pessoas que levam esse sobrenome estão espalhadas por todo o Brasil. Verifica-se que as maiores concentrações estão nos Estados de São Paulo, em minha pesquisa entrei em contato com Baylão das cidades de Bariri, Jaú, Bauru, Bocaina, Mococa, São Paulo capital, Guarulhos, Mauá, Santos, Itatiba, Paulínia, Ribeirão Preto, Araras, (...).No Rio de Janeiro trocei informações com pessoas das cidades de Volta Redonda, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Cabo Frio, Barra do Piraí, Mendes, vassouras, Itaguaí, Resende, (...).Em Goiás, mais precisamente na cidade de Goiânia, encontram-se o grupo maior dos baylão. Além de Goiânia moram também em Brasília, Inhumas, Aparecida de Goiânia, (...). Fora desses três Estados, me comuniquei também com Baylão das cidades de Teixeira de Freitas(Bahia), Salvador(Bahia), Maringá(Paraná), Curitiba(Paraná), Carangola(Minas Gerais), Rio Verde(Minas Gerais), Uberaba(Minas Gerais), Parauapebas(Pará), Dourados(Mato Grosso do Sul), Porto velho(Rondônia), João Pessoa(Paraíba), São Luís(Maranhão), Araguaiana(Tocantins), (...).

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Professor titular de História e Filosofia das redes públicas do Estado de SP e Município de Bariri.